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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Que marmelada!!!



Mais um referendo!

Por Gil Cordeiro Dias Ferreira

Que venha o novo referendo pelo desarmamento.
Votarei NÃO, como da primeira vez, e quantas forem necessárias. Até que os Governos Federal, Estaduais e Municipais, cada qual em sua competência, revoguem as leis que protegem bandidos, desarmem-os, prendam-os, invistam nos sistemas penitenciários, impeçam a entrada ilegal de armas no País e entendam de uma vez por todas que não lhe cabe desarmar cidadãos de bem.
Nesse ínterim, proponho que outras questões sejam inseridas no referendo:
Voto facultativo? SIM!
Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
Reduzir pela metade os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e não por nepotismo? SIM!
Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!
Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM! Fidelidade partidária absoluta? SIM!
Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM! Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
Fim de todas as mordomias inclusive imunidade parlamentar de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!
Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público? SIM!
Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um terço? SIM!
Voto em lista fechada? NÃO!
Financiamento público das campanhas? NÃO!
Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM!
Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!!!!!!!!!

Repassem, vamos moralizar este país, não aguentamos mais tanta mentira e sermos tratados como idiotas !!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Videogame e carreira profissional: qual a relação entre ambos?

Para consultor, prática do videogame pode difundir, de maneira acelerada, conceitos como estratégia e competitividade

No final dos anos 70 até meados da década de 80, o videogame, tanto o produzido nos Estados Unidos como no Japão, "estourou" em vendas e passou a render horas de diversão aos curiosos espalhados pelo mundo.

Desde então, muita coisa mudou, e não foram apenas gráficos e jogos, a inserção de novos consoles no mercado ou do próprio aparelho de celular. Pouco mais de 20 anos após o “boom inicial” dos games, seus criadores provavelmente não imaginariam que as invenções seriam, tão logo, úteis para assuntos bem mais profundos na vida de seus jogadores. Um exemplo, a carreira profissional.

O produtor Danilo Froes, 32, se encaixa nesse grupo. Dividindo seu tempo entre o trabalho e os projetos de sua especialização profissional, Froes ainda encontra ânimo para jogar videogame. Segundo ele, a prática contribui para o avanço de sua carreira. "Lido muito com o inglês no meu trabalho e o game me ajuda muito, já que os jogos, em sua maioria, estão na língua inglesa. Além disso, exercito a minha rapidez nas tomadas de decisão", afirma o produtor.

Comportamento


"Ao jogar, você desenvolve exercícios de criatividade, organização e, principalmente, estratégia e concentração. Acima de tudo, o jogo permite simular diversos cenários e situações. O usuário conta com a possibilidade de corrigir os erros ao longo do percurso", afirma Artus.

Segundo o especialista, muitas empresas já utilizam simulações virtuais na rotina de seus colaboradores. Tratam-se de "jogos sérios", games que testam decisões e atitudes de seus jogadores, com o objetivo de ampliar as respostas cognitivas.

Outros jogos importantes, na opinião de Artus, são aqueles destinados à simulação da vida. De funcionamento simples, o jogador passa a controlar todas as funções, entre pessoais e profissionais, de um personagem. Para o consultor, esses games ajudam na administração do tempo e auxiliam na organização diária das tarefas.

Funcionalidades


“Acho que o jorro de adrenalina que temos ao jogar videogame dura um certo tempo em nosso organismo. O que é ótimo, pois me sinto, de certa forma, mais confiante para tomar certos riscos e atitudes que em outro momento não tomaria”, afirma a estudante.

“Outra questão que eu acredito que sofra influência e contribua muito: pensamento lógico. Acho que os jogos de estratégia ajudam nossos reflexos e nosso pensamento lógico, e quando chego em alguma encruzilhada no serviço, tenho uma solução para apresentar mais facilmente”, completa Júlia.
Para a estudante Júlia Contrucci, 21, jogar videogame a ajudou a pensar "fora da caixa", sobretudo nas questões que envolvem o ambiente de trabalho.
Na avaliação do coordenador de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Samuel Artus, a prática do videogame pode difundir, de maneira acelerada, conceitos como estratégia e competitividade nas pessoas.

O sucesso consiste em não fazer inimigos!!!



Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras.

Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.
Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo.Um dia, ele será cobrado, e com juros.
Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. mas não é. A “Lei da Perversidade Profissional” diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que tem boa memória.

Max Geringer

[E não é que isso tem lógica?!?!]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Que país é este?!




Bolsonaro diz que 'errou' em polêmica entrevista ao CQC








Agência Câmara
'Foi um mal entendido, eu errei', disse o deputado
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou hoje que se equivocou ao responder a uma pergunta de Preta Gil no programa CQC  sobre o que faria se seu filho de apaixonasse por uma mulher negra. No programa, Bolsonaro afirmou que não discutiria essa "promiscuidade".

Hoje, o deputado disse que achou que a pergunta era se o seu filho namorasse uma pessoa do mesmo sexo. "Foi um mal entendido, eu errei. Como veio uma sucessão de perguntas eu não ouvi que era aquela pergunta, foi um equívoco. Eu entendi que a pergunta era se meu filho tivesse um relacionamento com gay, por isso respondi daquela forma. Na verdade, quando eu vi a cara da Preta Gil eu respondi sem prestar atenção", disse ele.

Questionado sobre qual seria sua resposta sobre a pergunta feita pela cantora e apresentadora, o deputado não poupou Preta Gil de ataques: "Eu responderia que aceito meu filho ter relacionamento com qualquer mulher, menos com a Preta Gil". O deputado também reagiu quando foi perguntado se sua postura ofensiva contra os homossexuais não poderiam lhe tirar votos. "O dia que eu me preocupar com eleitor eu viro vaselina. Não quero me preocupar com um eleitor que quer que eu chame ele de bonitinho. Não quero voto de ignorante".


Fonte: http://www.bonde.com.br/ , 16/05/2011.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

'Ficção é maneira mais simples de gerar interesse na ciência'

'Ficção é maneira mais simples de gerar interesse na ciência', diz físico

G1 entrevistou Michio Kaku, físico cocriador da teoria das cordas.
Para ele, o conhecimento científico é 'o motor da democracia'.

Há 150 anos, ao imaginar como seria a viagem do homem à Lua, o escritor Júlio Verne acertou quase na mosca três palpites: o primeiro voo sairia do estado norte-americano da Flórida, demoraria três dias para chegar ao destino e cairia no mar ao voltar à Terra. Tentando seguir seus passos, o físico teórico Michio Kaku também tenta adivinhar como ideias vindas da ficção científica, como colonizar galáxias distantes, seriam possíveis.
"O nosso desafio é mostrar para as pessoas como os conceitos científicos que vão governar o futuro no espaço podem ser compreendidos hoje mesmo, por qualquer pessoa", afirma o cientista norte-americano de 64 anos, cocriador da teoria das cordas -- agora, apresentador do programa "Física do Impossível", no canal de TV a cabo Discovery Science.
"A ficção talvez seja a maneira mais simples de fazer as pessoas se interessarem por ciência", afirma Kaku.
Michio Kaku 2 (Foto: Discovery / Divulgação) 
O físico Michio Kaku, apresentador do 'Física do Impossível'. (Foto: Discovery / Divulgação)
Especializado em teoria das cordas - campo da física que enxerga os átomos como se fossem "fios" extremamente pequenos e oferece uma nova interpretação para como o espaço e as coisas se comportam -, o cientista usa o conhecimento disponível atualmente no mundo da física e tenta aplicá-los para explicar como seria possível captar mais energia das estrelas ou mesmo povoar o espaço.
Ao ser lembrado sobre como ideias como essas parecem estar distantes da realidade, Kaku cita o exemplo de Verne. Para o cientista, o escritor não contava com o dom de premonição e mostrou como ideias estranhas durante uma época podem apontar corretamente o futuro.
"Como ele conseguiu saber tudo isso? Não pode ser pura especulação. Ele conversava com cientistas e conseguiu, com o conhecimento da época, enxergar algo que parecia improvável", afirma.
O 'futuro' nas crianças
Muito antes da fama de séries como ‘Jornada nas estrelas’ e ‘Guerra nas estrelas’, o físico norte-americano iniciou seu contato com ciência por meio de outra atração na TV: Flash Gordon, um dos primeiros herois espaciais.
"Foi a primeira vez que eu me interessei por naves, invisibilidade, aliens e viagens espaciais”, lembra o físico. A partir daí, Kaku nunca mais deixaria de espantar "como uma criança" e seguiria o caminho até virar um cientista profissional.
Esse olhar infantil do mundo é uma das armas nas quais Kaku mais acredita para despertar a atenção para a ciência. "Crianças consomem muita ficção científica, mas não sabem dizer se o que veem é verdade", diz. "Enquanto isso, na escola, a física 'de verdade' é ensinada de uma maneira muito chata, seca e intimidadora."
Para solucionar o problema, o físico sugere a ficção científica como uma possível porta de entrada para o conhecimento.
"O objetivo é tornar tópicos complicados em algo simples para as pessoas se interessarem, sem sacrificar o rigor científico. Usar um pouco do truque dos gibis, filmes e videogames, que captam a atenção das pessoas."
Descrevendo o conhecimento científico como "o motor da democracia", Kaku vai até mais longe para destacar a importância da introdução dos jovens no mundo científico. "A ciência gera riqueza, mas os benefícios só aparecem quando os jovens decidem virar parte dessa revolução", diz.
"Cada nação deve despertar o interesse. O mundo está ficando cada vez mais científico. Infelizmente, alguns países estão sendo deixados para trás, não estão investindo nos jovens e em educação."
Michio Kaku 1 (Foto: Discovery / Divulgação)
Kaku defende o papel da ficção como 'porta de entrada' para a ciência. (Foto: Discovery / Divulgação)
Universos paralelos
Uma das "maluquices" dos físicos que Kaku tenta simplificar é a existência de universos paralelos, uma consequência da explicação oferecida pela teoria das cordas ao espaço.
"O universo pode ser entendido como uma bolha que está crescendo. Nós vivemos na superfície dessa bolha e estamos presos a ela. A teoria das cordas prevê que outras bolhas existem, seriam outros universos, paralelos ao nosso", afirma o físico.
Kaku defende a teoria das cordas como a explicação definitiva para a física, capaz de explicar todos os aspectos do universo. Essa busca pela "teoria do tudo" é também uma herança de sua infância: inspirado por Albert Einstein, outro que também tentou unificar todo o conhecimento da física em uma única equação de poucos centímetros de extensão.
A esperança de Kaku em poder provar a existência das suas "bolhas" pode estar em experimentos como o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), na Suíça.
Caso esteja certo, Kaku teria mais um exemplo para apostar na força da ficção como um acesso ao futuro. "A teoria das cordas nos permite imaginar viagens ao passado e até mesmo 'warp drives' [termo famoso na série 'Jornada nas estrelas', que sugere uma forma de viajar a pontos distintos do espaço, a velocidades maiores que a da luz]", diz. "O que era impensável no passado, hoje é encarado com seriedade pelos cientistas."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Engenharia é profissão rentável e tem emprego de sobra!!!




Procuram-se engenheiros e técnicos em edificação. Com o crescimento da indústria brasileira, o lançamento de novos empreendimentos imobiliários e a expansão da indústria naval, o mercado está cada vez mais em busca desses profissionais. Mas a realidade é que as escolas técnicas e as universidades não formam número suficiente de trabalhadores para preencher as vagas.
O déficit levou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da UFRJ, a iniciarem o planejamento de um programa para aumentar o número de engenheiros no mercado. Mas por que os universitários fogem dessa formação? Segundo o coordenador de engenharia do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), Luiz Mello, muitos entram na faculdade, mas pouco saem formados:
— Os cursos exigem muita dedicação e os conteúdos são muito teóricos e fechados. O desafio das universidades é tornar a graduação mais leve e atraente, com disciplinas mais práticas.
O professor destaca que quem quiser investir na área deve apostar nas áreas Civil, Elétrica, Mecânica e de Petróleo e Gás. Ele afirma que com a falta de graduados, os técnólogos e técnicos tem ganhado espaço no mercado.
— Quem deveria complementar o trabalho acaba conseguindo as vagas, ainda durante a formação.
Técnico
Quem decidiu apostar em uma formação técnica para aproveitar as milhares de oportunidades foi Gisele Marques, de 32 anos. Para conseguir rapidamente uma colocação no mercado, ela escolheu o curso técnico em edificações. E, no segundo período, já está empregada.
— Trabalho numa empresa que faz áreas de lazer e eu desenvolvo projetos. Meus planos são de fazer cursos complementares, mas por enquanto não penso em graduação. Há muitas oportunidades para técnicos, além do curso ser mais barato.
Capacitação
Os alunos saem capacitados para desenhar e interpretar projetos de construções prediais, elaborar cronogramas e orçamentos e $e gerenciar canteiros de obras, por exemplo.
No primeiro período de Engenharia Civil, Edilson Ferraz, de 22 anos, acredita que com dedicação terminará a faculdade e conseguirá uma vaga.
— Fiz curso de solda e fui sentindo como era o mercado. Agora, trabalho com montagem industrial e quero seguir para a parte civil ao longo da graduação.
Salários
O salário inicial de um técnico em edificações pode chegar a R$ 2 mil, enquanto um engenheiro recém-formado com experiência em estágios pode começar ganhando R$ 3.500.
Unisuam
Edificações
O Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) oferece, na sua escola técnica, em Bangu, o curso de técnico em edificações, com duração de um ano e meio e mensalidade de R$ 250. Há turmas nos turnos da manhã e da noite. Os inte$devem entrar em contato com a unidade através do telefone 2401-5635. A escola técnica fica no Bangu Shopping, na Rua Fonseca 240.
Civil
O curso de Engenharia Civil está disponível nas unidades de Bonsucesso e Bangu. Há turmas no turno da noite com mensalidade a partir de R$ 686,24. Informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 3882-9797.
Produção
Também está disponível nas unidades de Bonsucesso e Bangu, com mensalidade a partir de R$ 612,72. Informações: (21) 3882-9797.
Petróleo
O curso de Engenharia de Petróleo pode ser encontrado na unidade Bonsucesso, com mensalidades a partir de R$ 612,72. Informações: (21) 3882-9797.
Senai
Construção
Várias unidades do Senai-RJ têm cursos de qualificação, especialização e técnicos na área de construção civil. Para se informar sobre inscrições e opções oferecidas, é preciso entrar no site www.senai.br. Há cursos com mensalidade a partir de R$ 200.
UVA
Civil
Os campi da Tijuca e da Barra oferecem o curso com duração de quatro anos e meio, nos turnos da manhã e da noite. A mensalidade custa a partir de R$ 927,03. Informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2574-8888.
Petróleo
Também nas unidades da Tijuca e da Barra, a Universidade Veiga de Almeida oferece o curso de Engenharia de Petróleo e Gás, com duração de cinco anos e mensalidade a partir de R$ 927,03. Informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2574-8888.
Unipli
Civil
O Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), oferece o curso de Engenharia Civil, com duração de cinco anos, no turno da noite, com mensalidade a partir de R$ 419. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (21) 2199-1441. O Unipli fica na Rua Visconde do Rio Branco 123, no Centro de Niterói.

Fonte: Jornal Extra, 10/05/2011.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que é... Simplicidade?!


Empresas apreciam funcionários criativos. Aliás, mais que apreciar, elas dependem  deles para quase tudo: bolar novos produtos, aumentar a produtividade, melhorar a rotina, encontrar nichos de mercado inexplorados, e por aí vai. É por isso que as empresas atrocinam eminários de criatividade para seus funcionários. Eu mesmo participei de vários,a grande maioria deles esquecíveis, porque eram focados mais na teoria do que na execução prática. Mas houve um, ainda bem, que me ensinou uma lição duradoura. Éramos uns 30 participantes, e cada um recebeu um pedacinho de arame reto, com 13 centímetros de comprimento, com a recomendação de que tentássemos produzir alguma coisa criativa com ele. Menos de cinco minutos depois, todos os participantes -- sem exceção -- apresentaram orgulhosamente a "sua" idéia originalíssima: um clipe.
 
O clipe é o triunfo da simplicidade. Oito dobras fáceis, que podem ser feitas à mão, sem
auxílio de nenhum instrumento. E sem necessidade de experiência prévia, nem estudo
específico, nem intelecto superior. E, melhor ainda, sem gastar quase nada. Nenhuma outra
invenção humana tem uma relação de custo e benefício melhor que a do clipe. Hoje, são
produzidos no mundo, a cada ano, 20 bilhões de clipes (três para cada terráqueo). Que servem literalmente para tudo: soltar disquetes encalacrados na gaveta do computador, limpar as unhas, marcar cartelas de bingo e, eventualmente, até para prender papel. Dito tudo isso, é espantoso saber que ele demorou tanto para ser inventado. Afinal, a humanidade produz
documentos em papiro ou em papel há milênios, e muitos desses documentos tinham, como
têm até hoje, os inevitáveis "anexos". Que eram colados, pregados, amarrados, costurados ou,
simplesmente, vinham soltos. Quer dizer, ou se perdiam, ou eram impossíveis de destacar.
 
Os noruegueses atribuem a invenção do clipe a seu compatriota Johan Vaaler, em 1899. Por
isso, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha nazista invadiu a Noruega e
proibiu o uso de símbolos nacionalistas, os noruegueses passaram a usar clipes na lapela,
numa demonstração pública de patriotismo que os alemães não tiveram como proibir, já que
clipes existiam também na Alemanha. Mas o clipe de Vaaler não foi o primeiro. Décadas
antes dele, o pedacinho de arame já havia sido dobrado na Inglaterra, no formato de um "M"
(três dobras). As pernas do "M" ficavam atrás das folhas de papel e o ângulo inferior na
frente. Mas tanto o clipe de Vaaler (com cinco dobras) quanto o "M" inglês não tinham, ainda, o que o clipe atual tem: um pentágono dentro do outro (as oito dobras). Essa maravilha do
design, por incrível que pareça, surgiu em 1901 e nunca foi patenteada. E, ao contrário de
qualquer outra invenção com mais de um século de vida, nunca mais o clipe sofreria
alterações. Basta olhar para ele para perceber que um clipe não pode ser "aperfeiçoado".
 
Por algum motivo, nós, do século 21, parecemos estar convencidos de que criatividade é
sinônimo de complicação. Todos os dias, novas idéias, que não requerem especialização ou
altos investimentos, passeiam bem diante de nossos olhos. Mas nós as descartamos, ou nem as percebemos mais, porque há muito deixamos de acreditar que uma boa decisão, pessoal ou profissional, ainda possa ter a simplicidade de um clipe.